
Presidente provisório Michel Temer entre o ministro Romero Jucá e o presidente do Senado Renan Calheiros, todos do PMDB: reportagem afirma que líderes do partido são acusados de receber propina (/)
“O mesmo partido que criou uma bagunça no Rio de Janeiro, agora, está no comando do Brasil.”
É deste jeito que críticos ouvidos pelo New York Times avaliam o PMDB, sigla do presidente em exercício Michel Temer e do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.
A reportagem destaca como o Rio prometeu ser um caso de sucesso com as Olimpíadas, mas está caindo em um conto do que o PMDB pode significar para o resto do País.
“O Rio está se desenvolvendo em uma mini-Venezuela enquanto seus líderes encontram um jeito de desperdiçar a bonança de petróleo”, diz o economista Marcelo Portugal ao jornal.
Com a proximidade dos jogos no Rio, o New York Times ressalta que atletas estão enojados com a baía contaminada pelo esgoto que gostariam que a provas de regatas mudasse de local. Destaca ainda que no mês passado uma ciclovia desabou após ser atingida por uma onda do mar.
A reportagem afirma ainda que líderes do partido, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), são acusados de receber propina. Além de Renan, o NYT cita o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Ele é acusado de ter recebido cerca de 5% do custo da renovação da marca do Maracanã e de outros projetos públicos.
“O Rio está em crise por causa do PMDB”, diz Leonardo Siqueira, distribuidor de cosméticos. “São políticos que governam para eles e não para os cidadãos”, acrescenta.
O PMDB é descrito como um partido de centro, com ideologia maleável.